A Inteligência Artificial (IA) tem ganhado espaço em diversas áreas e mudado a forma como as empresas funcionam. Esse avanço acelerado levou muitas companhias a repensarem seus processos e a considerarem a automação como alternativa para algumas funções.
Um estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial no Relatório do Futuro do Trabalho 2023 revelou que 41% das empresas globais pretendem reduzir ou substituir parte de seus funcionários devido à IA e à automação nos próximos anos.
Nos Estados Unidos, esse número pode chegar a 48%, mostrando que a digitalização avança cada vez mais no ambiente corporativo.
Apesar desse cenário, especialistas afirmam que a tecnologia não causará um colapso no mercado de trabalho, mas trará transformações importantes nas funções já existentes.
O avanço da IA gera preocupação sobre o futuro do emprego, mas especialistas garantem que não haverá uma substituição em massa da mão de obra humana. Em vez disso, a tendência é que as funções passem por adaptações e mudanças.
Segundo Till Leopold, chefe de Trabalho, Salários e Criação de Empregos do Fórum Econômico Mundial, a tecnologia não eliminará os empregos, mas exigirá que as pessoas desenvolvam novas habilidades para acompanhar as mudanças.
O relatório mostra que:
A IA terá maior impacto em funções que dependem de entrada e análise de dados, como trabalho administrativo, contabilidade e serviços jurídicos.
O setor de design gráfico também deve sentir mudanças, já que ferramentas de IA generativa têm mostrado eficiência na criação de imagens e conteúdos visuais.
As mudanças no mercado de trabalho não acontecerão de forma repentina, mas a transição já está em andamento. Uma pesquisa da Universidade Duke mostrou que:
Mesmo assim, a substituição dos funcionários por IA pode acontecer de maneira mais gradual do que muitos imaginam. O professor de finanças da Universidade Duke, John Graham, explica que, no curto prazo, as empresas devem usar a IA para otimizar processos e evitar novas contratações, e não para realizar cortes imediatos de funcionários.
Enquanto algumas áreas ainda passam por ajustes, o mercado financeiro já sente os impactos da automação. Um estudo da Bloomberg Intelligence estima que os bancos podem reduzir até 200 mil empregos nos próximos cinco anos devido à adoção da IA.
Segundo os entrevistados, quase 25% das instituições bancárias acreditam que poderão cortar de 5% a 10% da força de trabalho. O motivo dessa redução está na capacidade da IA de analisar grandes volumes de dados em poucos segundos, tornando muitos processos mais rápidos e precisos.
Apesar disso, especialistas reforçam que a IA não acabará com os empregos, mas modificará a maneira como os profissionais trabalham.
Com a IA ganhando espaço nas empresas, os trabalhadores precisarão desenvolver habilidades que a tecnologia não pode substituir.
Dentre as competências mais importantes para o futuro, destacam-se:
A IA não substituirá completamente a mão de obra tradicional, mas exigirá que as pessoas se adaptem a um novo cenário. Quem souber integrar a tecnologia ao seu trabalho terá mais oportunidades e maior estabilidade no mercado.